quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Japão

Coleta de Lixo ( Gomi no shuushuu )

No Japão, a coleta de lixo é um serviço público gratuito. Este serviço pode variar de acordo como a área, mas geralmente o lixo é recolhido nos dias fixos da semana. Os lixos são separados em dois tipos: Futsuu gomi ou moeru gomi, que é lixo comum ou lixo combustível como resíduos da cozinha, papéis, etc. Quase sempre são recolhidos duas vezes por semana. Bunbetsu gomi oumoenai gomi, que é lixo não combustível, como plástico, vidro, metal. São recolhidos uma vez por semana.Há ainda sodai gomi ou lixo volumoso, como móveis, aparelhos eletrônicos, etc. este tipo de lixo volumoso, como móveis, aparelhos eletrônicos, etc. Este tipo de lixo deve conservar-se em casa, pois o lixo volumoso somente será recolhido, marcando a data com a companhia de limpeza, e você deverá pagar uma taxa pela coleta. Procure separar bem os tipos de lixo, e respeite os dias de coleta de seu bairro. Aprenda a identificar os kanji dos dias da semana para saber quando depositar o lixo no dia e no local marcados.

Atenção
1- O lixo deve ser jogando no local e dia determinados.
2- Não jogar o lixo além dos dias determinados.
3- Não misturar os lixos inflamáveis com os não inflamáveis.
4- O lixo deve ser armazenado em sacos plásticos ou em caixotes, devidamente vedados, para que cães e gatos não os violem. 

(Enquanto aqui o povo joga lixo nos rios ¬¬)

Furoshiki

Apenas um lenço e um nó

Isto basta para fazer um furoshiki, tradição secular japonesa

18 de dezembro de 2010 | 16h 00
Marcelo Lima
Um lenço quadrado de seda. A princípio, nada mais do que isso. Mas é o que basta para que mãos conhecedoras do furoshiki façam dele um embrulho para lá de especial. Do mais sofisticado ao mais banal dos objetos, qualquer volume uma vez envolto nele vai parecer conter algo realmente valioso.
Eis, em linhas gerais, a definição da mais tradicional das técnicas japonesas de embalar. Mas o furoshiki é bem mais do que um mero pacote. Ele pode ser usado para carregar objetos e também como bolsa. "O que diferencia o furoshiki de um embrulho convencional é basicamente a forma como damos o nó", sintetizou Etsuko Yamada, uma das maiores autoridades no assunto no Japão, em recente visita ao Brasil.
Expressão de reverência, como quase tudo o que faz parte da cultura nipônica, a tradição do furoshiki, segundo Etsuko, se reveste hoje de um significado maior, uma vez que um mesmo pedaço de tecido pode virar embrulho de presente e depois ser reutilizado de diferentes formas. "Acredito que, para se manter viva, a técnica deve estar incorporada ao cotidiano das pessoas. Nesse sentido, a sustentabilidade pode ser a chave para fazer dela algo tão útil quanto era no passado", diz.
Autora de livros sobre o tema e membro do Mottainai Furoshiki - campanha que promove o reúso, a reciclagem e a redução de matérias-primas, criada pela ex-ministra do Meio Ambiente do Japão, Yuriko Koike -, Etsuko vê com bons olhos o atual interesse despertado em designers de todo o mundo pela tradicional técnica dos nós.
Considerado hoje uma alternativa viável de substituição de sacos e sacolas plásticas, de redução de poluentes e de acúmulo de lixo urbano, o furoshiki surgiu no Japão por volta de 700 d.C., no período conhecido como Era Nara. No início do século passado, com o aumento da oferta de produtos têxteis, atingiu seu auge, tendo evoluído de um simples recurso de transporte para uma forma mais refinada, quase ritual, de se embrulhar um presente.
Risco de extinção. Depois da 2ª Guerra Mundial, porém, seu uso foi sendo reduzido, a ponto de chegar quase à extinção durante a década de 70, ironicamnete por causa da difusão do uso das sacolas plásticas, o mesmo produto que ele se propõe agora a substituir. "Fico alegre ao ver que os jovens não param de encontrar novos usos para o furoshiki, seja como porta-objetos, acessório, sacola e bolsa. Eles estão pondo a criatividade para funcionar e, desta forma, ajudando a preservar o planeta", afirma a especialista.
Formada em design têxtil e apaixonada pela técnica dos nós, Etsuko Yamada roda o mundo realizando palestras e workshops sobre o assunto - em novembro, ela esteve por aqui a convite da Fundação Brasil-Japão. Em Tóquio, ela dirige a Musu-Bi (literalmente, beleza do nó), loja inteiramente dedicada ao furoshiki. Além de comercializar os lenços - são mais de 500 tipos em estoque à disposição dos clientes -, o espaço funciona como um centro de pesquisas voltado para a preservação da secular arte.
Consta que a tradição de se atar lenços para produzir embalagens chegou ao Brasil com os primeiros imigrantes japoneses, há pouco mais de 100 anos. Imune ao tempo, no entanto, o interesse pela técnica continua bastante vivo no País, principalmente entre os descendentes mais jovens.
Curiosidade. Percorrendo São Paulo, Rio e Maringá, no Paraná, cidades onde é grande a colônia japonesa, Etsuko se surpreendeu com a quantidade de lares que, de alguma forma, procuram preservar a técnica. "Isso ajudou a despertar a curiosidade da nova geração, que acompanhou com bastante interesse minhas palestras", disse.
Polidez, dignidade e respeito. Estes são, segundo Etsuko Yamada, os valores expressos por um presente envolto em um furoshiki. Razões mais do que suficientes para se abandonar papel e fitas neste Natal e, da posse desta edição do Casa, se arriscar na arte japonesa de se produzir embalagens. Sem dúvida, o presenteado - e o planeta - vão gostar da ideia.

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