quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

REVOLUÇÃO LIMPA

REVOLUÇÃO LIMPA

O escritor, fluente em inglês e francês, também cita o que vê como um despertar espontâneo de solidariedade e respeito.

"Dias atrás, joguei um papel no chão da praça. Uma senhora de 70 anos me parou e disse: essa revolução é por um país melhor, e isso supõe um país mais limpo. Por favor, recolha o papel e jogue-o no lixo", relata.

Playcenter

Grupo Mágico é o novo dono do Playcenter São Paulo

Mexicanos já operam casas de espetáculos como a Credicard Hall e a Direct TV Music Hall

06.06.2002 - 18:57

Redação

O Playcenter SA concluiu nesta quinta a venda do Playcenter São Paulo, parte do plano de reestruturação para estancar a sangria no caixa da holding - controlada pelo GP Investimentos - cuja dívida supera os R$ 110 milhões. O novo dono do parque é o grupo Mágico, uma subsidiária da Corporación Interamericana de Entretenimiento (CIE), companhia líder do setor de entretenimento na América Latina, com sede no México. O valor do negócio não foi revelado.

A CIE é dona de dez parques de diversão e zoológicos no mercado latino-americano. No Brasil, opera as casas de espetáculos Credicard Hall e Direct TV Music Hall, em São Paulo, e o ATL Hall, no Rio, além do Teatro Abril. Segundo comunicado da nova administração, o novo plano de negócios para o parque deve ficar pronto entre 90 e 120 dias. A marca, porém, será preservada.

Fundado em 1973, o Playcenter de São Paulo recebeu 1,7 milhão de visitantes no ano passado. Ao longo de seus 28 anos, recepcionou 50 milhões de pessoas. O parque de diversões reúne 25 atrações em uma área de 110.000 metros quadrados.

Com dívidas superiores a R$ 110 milhões, o Playcenter tem sido forçado a se desfazer de ativos. O aperto também levou o grupo a se dividir em março. Mas o sufoco não é de agora.

Desde 1999, o Playcenter - que já foi a maior no segmento de entretenimento da América Latina, com três parques de diversão, 25 centros de recreação em shoppings, rede de boliches e concessionárias de alimentos e bebidas no Brasil e Argentina - está afundada no vermelho.

A cisão na holding Playcenter teve início em março, quando cada unidade de negócio passou a responder por uma empresa independente: o parque Playcenter de São Paulo; o Hopi Hari, em Vinhedo, no qual o grupo tem 44,5% das ações, e, por fim, a Playland, com 21 parques instalados em shoppings.

O detalhe jurídico tinha objetivo claro. A agora independente Playland - que faturou R$ 26,7 milhões até setembro de 2001 - foi constituída com opção de venda para um dos credores, a Ades Investimentos e Participações. Ou seja: foi criada para ser entregue como parte das dívidas.

O Playcenter devia US$ 7,6 milhões à Ades e, se não pagasse as dívidas, teria 20% de seus bens penhorados. Além disso, o Playcenter de Recife - que respondia por 4,31% do faturamento - foi vendido para a empresa Mirabilândia. Mas nenhum centavo dos US$ 965.000 da transação foi parar nas contas do Playcenter. O parque será simplesmente trocado pela dívida que a holding tinha com a companhia do Nordeste.