segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Log

Logística Reversa

Logística Reversa é o processo logístico de retirar produtos novos ou usados de seu ponto inicial na cadeia de suprimento, como devoluções de clientes,  inventório excedente ou mercadoria obsoleta, e redistribuí-los usando regras de gerenciamento dos materiais que maximizem o valor dos itens no final de sua vida útil original.
 
Uma operação de logística reversa é consideravelmente diferente das operações normais.  Deve-se estabeler pontos de recoleção para receber os bens usados do usuário final, ou remover ativos da cadeia de suprimento para que se possa atingir um uso mais eficiente do inventário / material.
 
Requer sistemas de embalagem e armazenagem que garantam que a maior parte do valor que ainda há no item usado não se perca por um manuseio incorreto.  Também requer frequentemente de um meio de transporte que seja compatível com o sistema logístico regular.  A disposição dos materiais pode incluir a devolução de bens ao inventário ou armazém,  devolução de bens ao fabricante original, venda dos bens num mercado secundário, reciclagem, ou uma combinação que gere o maior valor para os bens em questão.
 
Fonte: Wikipedia
 

 

Definição


Logística Reversa é um termo bastante geral.  No sentido mais amplo, Logística Reversa significa o conjunto das operações relacionadas ao reuso de produtos e materiais.   A gestão destas operações pode ser chamada de Gestão de Recuperação de Produtos (PRM - Product Recovery Management).  PRM lida com o cuidado com os produtos e materiais depois do seu uso.  Algumas destas atividades são, até certo ponto, similares às que ocorrem no caso de devoluções internas de itens defeituosos gerados por processos produtivos.  No entanto, a Logística Reversa se refere a todas as atividades logísticas de recolher, desmontar e processar produtos usados, partes de produtos e/ou materiais para garantir uma recuperação sustentável (e benéfica ao meio ambiente).
 
A Logística Reversa lida com 5 questões báicas:
 
1. Quais alternativas estão disponíveis para recuperar produtos, partes de produtos e materiais?
 
2. Quem deve realizar as diversas atividades de recuperação?
 
3. Como estas atividades devem ser realizadas?
 
4.  É possível integrar as atividades típicas da logística reversa com sistemas de distribuição e produção clássicos?
 
5. Quais são os custos e benefícios da logística reversa, do ponto de vista econômico e ambiental?
 

Porque a Logística Reversa?

 
Tradicionalmente, empresas de manufatura não se sentiam responsáveis por seus produtos depois do uso pelos clientes.  A maior parte dos produtos usados eram jogados fora com consideráveis danos ao ambiente.  Hoje em dia, consumidores e autoridades esperam que os fabricantes reduzam o lixo gerado por seus produtos.  Isto aumentou a atenção com o gerenciamento de resíduos.  Recentemente, devido a novas leis de gerenciamento de resíduos, a ênfase se voltou à recuperação, devido aos altos custos e impactos ambientais do descarte.  As principais razões para aderir à logística reversa são:
 
1. leis ambientes que forçam as empresas a receber de volta seus produtos e cuidar de seu tratamento.
 
2. benefícios econômicos de usar produtos devolvidos no processo produtivo, ao invés de descartá-los.
 
3. a crescente consciência ambiental dos consumidores.
 
 
 

Questões Envolvidas

 
Distribuição
- qual é uma estrutura eficiente e efetiva para uma rede de distribuição reversa, específica para sua indústria?
- quais atividades de recuperação devem ser realizadas em cada localidade?
- como integrar a rede de distribuição reversa com a rede de distribuição original?

Planejamento de Produção e Controle de Inventário
- quais fatores complicam o planejamento e controle da produção na remanufatura de itens gerados na produção interna de peças defeituosas e na devolução de produtos usados?
- como lidamos com incertezas em relação à qualidade e quantidade de produtos devolvidos e em relação aos resultados potenciais das atividades de remanufatura, desmontagem e inspeção que devem ser realizadas com os produtos defeituosos e devolvidos?
- como compartilhamos recursos na integração de manufatura e remanufatura?
-no caso de opções de desmontagem alternativas,  como devem ser escolhidas estas opções, isto é, qual política de controle é apropriada para atingir os objetivos do negócio?

Tecnologia da Informação
- qual é o valor agregado por sistemas de rastramento de produtos?
- qual é o efeito de designs de produtos diferentes e contratos alternativos?
- como podemos gerenciar a informação para reduzir a complexidade?

Economia Empresarial
- qual é a influência do design, estrutura do produto e valor agregado na recuperabilidade do produto?
- quais atividades de recuperação são adequadas para cada produto? (ou seja, quando descartar, reciclar, remanufaturar, reusar ou reparar?)
- quais são as consequências econômicas de curto, médio e longo prazos da logística reversa?
- como podemos medir parâmetros qualitativos associados à logística reversa?

Integração
- quais são as oportunidades e pressões da legislação de gestão de resíduos?
- quais são as tendências regulatórias?
- para quais indústrias a logística reversa terá maior importância?
 

Opções de Recuperação


Reuso direto: envolve produtos que não são reparados ou atualizados, mas são limpados e levados a um estado no qual podem ser reutilizados pelo consumidor.
Reparo: o produto é retornado ao estado funcional após seu conserto.  A qualidade do produto reparado é normalmente menorque a do produto novo.
 
Reciclagem: o produto não mantém sua fucionalidade.  O objetivo é usar parte ou a totalidade dos materiais do produto devolvido.  Os materiais recuperados podem ser usados nos processos produtivos do produto original ou em outras indústrias.
"Refurbishing": o produto é atualizado para que atinja padrões de qualidade e operação similares ao produto original.
 
Remanufatura: os produtos são completamente desmontados e todos os módulos e partes examinados em detalhe.  Peças deterioradas são consertados ou trocadas.   O produto remanufaturado recebe uma avaliação de qualidade e são entregues ao produto sob condições de garantia de produto novo.
 
Fonte: RevLog
 

 
 
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logistica reversa

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Logística inversa

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A logística Reversa, conhecida também por reversível ou reversa, é a área da logística que trata, genericamente, do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros materiais, desde o ponto de consumo até ao local de origem. (Dias, 2005, p. 205). Os processos de logística inversa existem há tempos; entretanto, não eram tratados e denominados como tal. Como exemplos de logística inversa, temos: o retorno das garrafas (vasilhame),a recolha / coleta de lixos e resíduos recicláveis. Atualmente é uma preocupação constante para todas as empresas e organizações públicas e privadas, tendo quatro grandes pilares de sustentação: a conscientização dos problemas ambientais;a sobre-lotação dos aterros; a escassez de matérias-primas; as políticas e a legislação ambiental.
A logística inversa aborda a questão da recuperação de produtos, parte de produtos, embalagens, materiais, de entre outros, desde o ponto de consumo até ao local de origem ou de deposição em local seguro, com o menor risco ambiental possível. Assim, a logística inversa trata de um tema bastante sensível e muito oportuno, em que o desenvolvimento sustentável e as politícas ambientais são temas de relevo na atualidade.

Índice

[esconder]

[editar] Visão geral

Atualmente a logística não aborda somente os fluxos físicos e informacionais tradicionais, desde o ponto de origem até o local de consumo. É muito mais abrangente, envolvendo todos os fluxos físicos, informacionais, toda a gestão de materiais e toda a informação inerente, nos dois sentidos, directo e inverso (Carvalho, 2002, p. 31). A logística inversa tem um papel preponderante, neste novo conceito de logística, muito mais global e abrangente, como podemos constatar neste artigo.
O conceito de logística inversa tem várias definições, em função dos autores ou organismos em causa. Apresentam-se de seguida duas definição de logística inversa, segundo o CSCMP (Council of Supply Chain Management Professionals),uma organização internacional, e segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke, que têm dedicado grande parte do seu tempo à investigação, desenvolvimento e sistematização desta área da logística:
  • Segundo o CSCMP, logística é "a parte do processo da cadeia de abastecimento que planeia, implementa e controla o eficiente e eficaz fluxo directo e inverso (logística inversa), e a armazenagem de produtos, serviços e informação relacionada, desde o ponto de origem até ao ponto de consumo, com o propósito de satisfazer os requisitos dos clientes", e devo acrescentar dos usuários internos que se utilizam da informação financeira/econômica resultante.
  • Segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998), a logística inversa pode ser definida como: "o processo de planejamento, implementação e controlo da eficiência e eficácia e dos custos, dos fluxos de matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informação relacionada, desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com o objectivo de recapturar valor ou realizar a deposição adequada".
Em resumo, a logística inversa tem como objetivos planejar, implementar e controlar de um modo eficiente e eficaz:
Desta forma, o circuito da cadeia de abastecimento é fechado de uma forma completa, sendo o ciclo logístico completo (Dias, 2005, p. 206).

[editar] Evolução

Desde há muito tempo que existem processos de logística inversa, não eram é tratados e denominados como tal, como por exemplo, o retorno das garrafas (vasilhame), a recolha de lixos e resíduos. Foi nos finais da década de 80 que teve ínicio o estudo aprofundado e a sistematização dos processos inerentes à logística inversa, tal como ela é nos dias atuais.
O desenvolvimento e progresso da logística inversa tem sido impulsionado, em grande parte, pelas questões ambientais, relacionado com o problema da deposição das embalagens dos produtos, da recuperação dos produtos, partes de produtos ou materiais, das devoluções de produtos em fim de vida, de produtos com defeito.
Tem existido um forte crescimento desta área da logística, não só pela legislação ambiental, a qual impõe leis mais exigentes, mas também pela consciencialização ambiental das empresas, organizações e organismos públicos.
Em termos económicos e financeiros, a logística inversa já representa cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos.
Esta vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimento, e é um grande potencial de negócio emergente para as empresas e organizações, pois as politícas ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes. Outro factor de grande importância, e que está directamente relacionado com o grande aumento da logística inversa é a compra de produtos através da internet, o chamado e-commerce (Carvalho, 2003, p. 71-72). Com o crescimento exponencial das vendas on-line, os sistemas de logística inversa, no que diz respeito à questão da gestão das devoluções, tem crescido de uma forma abrupta.
A compra on-line leva a que, derivado do facto de no nommento da compra, não ser possível visualizar o produto fisicamente, de uma forma tangível, grande parte dos produtos seja devolvida, por não corresponder às expectativas do cliente, o que faz accionar os sistemas de logística inversa.
Podemos mesmo afirmar que a grande maioria dos sistemas de logística inversa aparecem devido à questão das devoluções. Os clientes, quando os produtos não corresponderem a seus requisitos de qualidade, podem accionar o processo de devolução, que é disponibilizado por cada vez mais empresas, de modo a prestarem um serviço de pós-venda de qualidade cada vez melhor, tentando atingir ou mesmo ultrapassar as expectativas dos clientes. Deste modo é possivel fidelizar o cliente, pois, estes preferem, na maioria dos casos, ter poucos fornecedores, em detrimento de vários, mas que correspondam ou mesmo superem as suas expectativas.

[editar] Processos e fluxos logísticos inversos

Como já foi referido anteriormente, a logística inversa aplica-se a todos os fluxos físicos inversos, isto é, do ponto de consumo até à origem ou deposição em local seguro de embalagens, produtos em fim de vida, devoluções, etc, tendo as mais variadas áreas de aplicação, como, por exemplo: componentes para a indústria automotiva, vendas por catálogo, frigoríficos, máquinas de lavar e outros electrodomésticos, computadores, impressoras e fotocopiadoras, embalagens, pilhas, baterias, revistas, jornais e livros;
Estes fluxos físicos de sentido inverso estão ligados às novas indústrias de reaproveitamento de produtos ou materiais em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e detritos, transformação de certos tipos de lixo, produtos deteriorados ou objecto de reclamação e consequente devolução, retorno de embalagens utilizadas e a reciclar, veículos e outros tipo de equipamentos em fim de vida útil.
Os dois sistemas, logística directa (forward) e logística inversa (reverse), integram e acrescentam valor à cadeia de abastecimento com o ciclo completo, e, para poderem sobreviver devem ser de certo modo competitivos, minimizando os custos de transporte, na medida do possível, optimizando os veículos no retorno, com o transporte de devoluções, material para reciclar, desperdícios e produtos deteriorados, permitindo rentabilizar e optimizar o transporte, minimizando os respectivos custos.
As princiapis actividades afectas ao produto, na logística inversa, são as seguintes:
Actividades mais comuns do processo logístico inverso
  • retorno do produto à origem;
  • revenda do produto retornado;
  • venda do produto num mercado secundário;
  • venda do produto via outlet;
  • venda do produto com desconto;
  • remanufactura;
  • reciclagem;
  • reparação ou reabilitação;
  • doacção;
No que concerne à cadeia dos produtos recuperados, grande parte pode não ser reciclável, e assim, não será reutilizável. Alguns podem apenas não ser reutilizáveis, dado tratarem-se de produtos que, em grande parte dos casos, não podem ou não devem ser reutilizados, por razões técnicas ou económicas. Estes produtos deverão ser depositados em locais seguros, apropriados e licenciados de acordo com a legislação vigente, para o efeito.
Um veículo de compactação em acção num aterro.
Isto aplica-se, por exemplo, a produtos rejeitados aquando da separação face ao elevado nímero de componentes, aplica-se também a resíduos perigosos que não podem ser reciclados, ou ainda a produtos cuja prazo de validade tenha expirado. Nestes casos, os referidos resíduos serão alvo de um processo logístico adicional, dependendo do tipo de resíduo e do grau de perigosidade, que envolverá a sua destruíção ecológica, como por exemplo, a incineração ou a co-incineração, avaliando-se, caso a caso, qual o processo mais apropriado (Alves, 2005, p. 12-13).
Os lixos ou resíduos não reciclavéis e não perigosos, são depositados em aterros, em sucessivas camadas, sendo as camadas compactadas através de veículos próprios para eesa finalidade. O aterro é selado após a sua capacidade estar completa. Após a selagem, grande parte dos aterros pode ser convertida em zonas verdes ou ajardinadas, de modo a melhorar o impacto visual do mesmo e poder funcionar de maneira distinta da que teve enquanto era local para a deposição de lixos.
Por vezes, estes ciclos logísticos completos são mesmo assegurados pelos próprios fornecedores dos produtos ou materiais, facilitando, deste modo, o trabalho dos clientes (Dias, 2005, p. 207).

[editar] Processos de logística inversa

As devoluções representam grande parte dos fluxos físicos inversos, na cadeia de abastecimento e dividem-se em duas grandes vertentes: as devoluções pelo consumidor, em venda directa, e as devoluções por erros de expedição. As devoluções realizadas pelo consumidor final de um produto, numa venda directa, têm crescido e a tendência é de continuarem a crescer, derivado do facto de que os clientes são cada vez mais exigentes e as suas expectativas cada vez maiores.[carece de fontes?]
Em resposta as empresas e organizações, por vezes em cumprimento da legislação própria de cada país, mas cada vez mais por sua livre e espontânea vontade, e independentemente da existência de legislação ou não, permitem ao cliente ou ao consumidor, devolver o produto adquirido, caso este não corresponda às suas expectativas ou no caso das vendas por catálogo ou as vendas on-line, caso o cliente queira, aceitarem a devolução do produto adquirido sem restrições. Trata-se sobretudo, de um factor de competitividade das empresas, face à globalização do comércio, para a qual tem contribuído em larga escala o e-commerce, que actualmente têm um enorme peso no total das vendas de produtos e serviços, a nível mundial (Carvalho, 2001, p. 116-120).
Armazém de devoluções de uma empresa de e-commerce
Como é óbvio existe um custo associado a este tipo de devolução, o qual é suportado pelas empresas e que terá tendência para continuar a aumentar, pelas razões anteriormente descritas, pois, trata-se sobretudo de aumentar a competitividade em relação à concorrência, tentando continuamente melhorar a qualidade do serviço prestado ao c liente.
As devoluções por erros de expedição, são o tipo de devolução que acontece por qualquer erro que tenha existido na expedição de determinado produto. Estes erros têm variadas razões para acontecerem, entre as quais, destacamos as seguintes: má etiquetagem, falhas do operador logístico, erros humanos, coordenação entre diferentes operadores logísticos.
Ao contrário das devoluções por venda directa, ao consumidor, as devoluções por erros de expedição, podem ser reduzidas e minimizadas, através de vários processos de armazenagem e expedição, que estão hoje disponíveis, no mercado.
Destacamos os seguintes: a informatização de sistemas de recepção, expedição e transporte, a leitura por código de barras, o EDI (Electronic Data Interchange), entre outros.
Portanto, o custo logístico das devoluções por erros ou falhas de expedição ou transporte, pode ser controlado pelas empresas e organizações, estando ao seu alcance a redução destes custos, através das ferramentas referidas no parágrafo anterior.
Trata-se, apenas, de escolher as ferramentas que melhor se adaptem a determinado negócio, sendo inclusivé possível personalizar estas ferramentas a cada realidade distinta (Pfutzenreuter, 2004).
O retorno dos produtos sujeitos ao processo de devolução, ou seja, o fluxo físico inverso desde o ponto de venda ou consumo, até à origem, deverá ser realizado, sempre que fôr possível, pelo mesmo meio de transporte pelo qual é realizada a sua entrega no local de consumo, isto é, o fluxo físico directo. Deste modo, é possivel optimizar a cadeia de abastecimento, directa e inversa, rentabilizando o transporte ao máximo.
Normalmente os produtos sujeitos a devolução, são armazenados em locais destinados para o efeito, em áreas restritas do armazém , de modo a evitar erros de expedição, evitando que físicamente os produtos coabitem juntos - ver figura 3.
Em relação aos componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para reciclagem, o seu número tem aumentado de uma forma exponencial, derivado de vários factores, de entre os quais, destacamos os seguintes três: o primeiro factor que destacamos é o da consciencialização da sociedade, para a questão da sustentabilidade do meio ambiente. Cada vez mais, a sociedade têm o dever de colaborar nas politícas ambientais, realizando, cada um de nós, a separação dos lixos, de acordo com o tipo de resíduos ou lixos em causa, e depositando-os, nos locais destinados para esse fim (ecoponto).
Ecoponto típico.
É nos países mais desenvolvidos, e com maior qualidade de vida, onde existe o maior número de pessoas conscientes desta realidade, colaborando na separação e recolha dos diferentes tipos de resíduos domésticos, que em grande parte podem ser reciclados, sendo deste modo, reaproveitados ou a sua matéria-prima reutilizada em novos produtos.
Deste modo, estamos também a contribuír para que, somente os resíduos orgânicos, tenham de ser depositados em local próprio (por exemplo, os aterros). Em relação aos resíduos industriais, a politíca deverá ser idêntica, ou ainda mais exigente, pois, as indústrias produzem grandes quantidades de resíduos e lixos, e por vezes bastante perigosos e tóxicos.[carece de fontes?]
Um outro factor é a legislação ambiental, a qual é cada vez mais restritiva[carece de fontes?], em relação à questão dos resíduos, lixos e detritos. As políticas e a legislação ambiental tendem, nos vários países e comunidades, a ser cada vez mais exigente e restritiva.
No âmbito da União Europeia, em que Portugal está incluído, existem directivas comuns acerca deste tema. Para os países que não cumpram a legislação, em caso de violação, existem sanções que se podem traduzir em coimas avultadas, as quais deverão ser aplicadas em função dos danos ambientais causados.
Há ainda o factor do desenvolvimento e o progresso tecnológico. Os processos industriais e os próprios equipamentos industriais, das indústrias que se dedicam à reciclagem, estão em evolução permanente, permitindo, deste modo, que cada vez mais componentes de produtos de diferentes materiais, possam ser reciclados e consequentemente reutilizados ou reaproveitados, como matéria-prima, em produtos novos.
Em Portugal, existem cada vez mais empresas, especializadas na gestão integral de resíduos, realizando, grande parte delas a recolha, transporte, separação e deposição no local próprio, e algumas delas, executando mesmo a própria reciclagem. (Alves, 2005, p. 77-93).

Lei 12 305

13 de junho de 2010

Relator vê "lacunas" em nova política de manejo de lixo - FOLHA ON LINE

O relator do projeto que cria a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), senador César Borges (PR-BA), afirmou nesta quarta-feira, em audiência pública, que compartilha com o setor empresarial a preocupação sobre a viabilidade da implementação das medidas e a ausência de incentivos econômicos na proposta.

Segundo o texto, aprovado pelos deputados e em análise no Senado, a responsabilidade sobre a destinação do lixo, que hoje pesa exclusivamente sobre os municípios, passará a ser dividida com as empresas. Baterias, pilhas, pneus, lâmpadas fluorescentes e eletroeletrônicos, por exemplo, terão logística reversa (retorno de produtos passíveis de reaproveitamento a quem os fabrica).

"O projeto representa um avanço, pois oferece um marco regulatório para essa área, mas possui lacunas. Faltou especificar o que cabe a cada um", afirmou Borges, que relata a proposta na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Com a nova lei, envolvidos na cadeia de comercialização de um produto (desde a indústria até as lojas) terão que chegar a um consenso sobre a responsabilidade de cada parte. Os setores terão até o final de 2011 para apresentarem suas propostas de acordo. Quem perder o prazo ficará sujeito à regulamentação do governo federal.

Para o senador, boa parte da responsabilidade quanto à execução da política vai recair sobre os municípios, que "não têm recursos suficientes para essa tarefa". Ele sugeriu que um novo projeto ou medida provisória discrimine a verba que será destinada para as prefeituras.

O relator também disse ver falta de previsão de incentivos para estimular a indústria da reciclagem, já que a PNRS tem como meta priorizar a participação dos catadores no ciclo de coleta.

Segundo o Cempre (Compromisso Empresarial para Reciclagem), há cerca de 1 milhão de catadores no país. A renda mensal desses trabalhadores varia de 1 a 1,5 salário mínimo, dependendo da região.

"Não há incentivos. Que seriam uma sinalização clara do governo de apoio à política. É preciso fazer a desoneração do setor de reciclagem. Tem que haver política pública", disse Borges.

A diretora-executiva da Abre (Associação Brasileira da Embalagem), Luciana Pellegrino, disse à Folha que também falta na PNRS incentivo para o setor produtivo. O trecho do projeto que tratava das alíquotas de incentivo fiscal foi retirado para que a discussão avançasse. Não havia consenso sobre valores, segundo o secretário nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério da Costa.

"Acredito que esses incentivos terão que ser resgatados para que haja reconhecimento e fortalecimento de empresas que já estão investindo em sustentabilidade", afirmou Pellegrino.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o "texto que veio para o Senado é muito bom. Sintetiza todo o debate e todo o consenso construído na Câmara".

Aprovado pelos deputados em março, o projeto da PNRS terá tramitação simplificada no Senado para permitir a sanção de Lula em junho. A proposta original, de 1991, recebeu uma série de mudanças para chegar ao texto atual, que somente pode ter partes suprimidas, mas não alteradas, pelos senadores.

Folha On Line - 05/05/2010 - http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u730895.shtml