segunda-feira, 29 de novembro de 2010

No Alto

Um brasileiro no topo do mundo

Reinaldo Mesquita trabalha para a incorporadora Emaar. Ele é responsável pelo material multimídia espalhado pelo Dubai Mall e Burj Khalifa, o maior shopping e o edifício mais alto do mundo.
Alexandre Rocha, enviado especial alexandre.rocha@anba.com.br
Divulgação Divulgação
Kidzania: ser adulto é brincadeira de criança
Dubai – Muita gente sabe que hoje Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem uma das maiores concentrações de shopping centers e arranha-céus do mundo, mas poucos sabem que todo o material multimídia que o visitante vê no Dubai Mall e no Burj Khalifa, respectivamente o maior shopping e o prédio mais alto do mundo, é responsabilidade de um brasileiro.

Reinaldo Mesquita é recifense, mas morou muito tempo no Rio de Janeiro e há cerca de 20 anos se mudou para os Estados Unidos. Hoje ele é gerente de produção e multimídia da área de shoppings da Emaar, incorporadora responsável pela construção e administração do Dubai Mall e Burj Khalifa, e vive em Dubai.

Arquivo pessoal Arquivo pessoal
Mesquita, carreira em TV e vídeo
Na última semana, Mesquita levou parte da delegação brasileira, que estava em Dubai para participar da feira Big 5 Show, do ramo de construção, para fazer um tour por algumas das atrações do complexo que reúne o shopping e o prédio.

O grupo de representantes do Serviço Social da Indústria (Sesi) de Santa Catarina e da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, incluindo a reportagem da ANBA, foi ao Dubai Mall conhecer a Kidzania, um dos parques temáticos instalados dentro do empreendimento. O local reproduz uma pequena cidade onde as crianças podem brincar de ser adultos.
Alexandre Rocha/ANBA Alexandre Rocha/ANBA
Tubarão no Dubai Aquarium


A brincadeira serve para ensinar noções de profissões como jornalista, dentista, bombeiro, policial, pedreiro, cabeleireiro, piloto de avião, entre várias outras, além de informar sobre a importância da educação e do uso racional do dinheiro.

Durante a visita, o administrador do parque, ou “governador”, o norte-americano Will Edwards, apresentou o grupo a Mesquita, que sempre trabalhou com TV e vídeo e até ajudou a montar o estúdio de televisão para as crianças da Kidzania. A atração deriva de uma franquia criada por empresários mexicanos.
Alexandre Rocha/ANBA Alexandre Rocha/ANBA
Tratador alimenta pinguins no zoo


A equipe de Mesquita é responsável desde a produção dos vídeos, até a instalação e manutenção dos monitores e displays espalhados pelo complexo. Isso inclui os clipes exibidos no elevador que leva ao mirante do Burj Khalifa, no 124º andar, e o enorme painel multimídia que se estende pela lateral da longa esteira rolante que leva os visitantes da recepção aos elevadores.
Alexandre Rocha/ANBA Alexandre Rocha/ANBA
Sheikh Zayed Road vista do alto


Mesquita, casado e pai de dois filhos, acabou se oferecendo como guia e levou os conterrâneos para conhecer o aquário marinho, o zoológico de animais aquáticos instalados dentro do shopping e o próprio Burj Khalifa. “A maior parte dos peixes de água doce é do Brasil”, disse ele sobre os bichos em exibição no zoológico. De fato, lá estão piranhas, bagres e pacus, peixes comuns em rios brasileiros, especialmente na Amazônia.

No Burj Khalifa, o elevador dispara rumo ao “At the Top”, como é chamado o observatório do prédio, a 10 metros por segundo. Lá é possível ter uma visão de 360 graus da cidade a uma altura impressionante. O edifício tem 160 andares e 800 metros no total.

Um comentário:

  1. No Catar, um posto eleitoral

    São Paulo – O número de brasileiros no Catar tem crescido tanto que este ano, pela primeira vez, a embaixada do Brasil em Doha vai virar um posto eleitoral, segundo informou a chefe do setor consular da embaixada, Claudia Assaf. A comunidade brasileira no país soma 800 pessoas.

    Para se tornar um posto eleitoral, a embaixada deve ter, no mínimo, 30 pessoas inscritas e, de acordo com Claudia, 95 já se inscreveram para votar nas próximas eleições para presidente.

    Os imigrantes brasileiros no Catar têm o mesmo perfil dos que vivem nos Emirados Árabes Unidos. São, na maioria, pilotos e comissários, jogadores de futebol, executivos e prestadores de serviços das redes hoteleiras. Segundo a diplomata, as oportunidades de emprego no país, às vezes, fazem com que esses expatriados fiquem por mais tempo no país.

    Um exemplo disso é Andreia Souza, que se mudou em dezembro de 2004 para trabalhar como comissária de bordo da Amiri, empresa responsável pelos vôos da família real, e hoje está na área de gerenciamento de recursos da United Development Company (UDC), empresa responsável pelo projeto imobiliário The Pearl.

    “Eu já me sinto totalmente adaptada (no Catar). Muita coisa mudou desde que eu cheguei. Agora, há muito mais estrangeiros e brasileiros”, disse Andreia, que passou a ter cuidado na maneira de se vestir, observando o comprimento da saia e o tamanho dos decotes. Segundo ela, a vida em Doha parece mais saudável e mais caseira do que no Brasil. “Pretendo ficar mais tempo aqui para guardar dinheiro. Sinto falta do Brasil, mas como oportunidade profissional, aqui é bem melhor”, acrescentou.

    Outra vantagem citada por Andreia é a questão de segurança. “É impressionante como aqui é seguro”, disse. Segundo ela, não é preciso trancar as portas de casa nem do carro e a criminalidade é muito baixa. “Eu adoro esse país. Comecei até a fazer o jejum do Ramadã para agradecer aos árabes que me acolheram tão bem aqui”, disse. (Marina Sarruf)

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