sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Maçãs

Crescem vendas de maçã brasileira aos árabes

O Brasil exportou 5,9 mil toneladas de maçãs aos países árabes entre janeiro e outubro deste ano, com crescimento de 20% sobre 2009. As vendas totais de maçã do país devem recuar neste ano.
Isaura Daniel isaura.daniel@anba.com.br
São Paulo – Apesar do câmbio desfavorável, os produtores brasileiros de maçãs aumentaram as suas vendas da fruta ao mercado árabe entre janeiro e outubro deste ano. Foram enviadas à região 5,9 mil toneladas no acumulado do ano até outubro contra 4,9 mil toneladas do mesmo período do ano passado, com crescimento de 20%. O volume é baixo se comparado ao total exportado pelo Brasil - 92 mil toneladas – e significa 6,5% dos embarques. Mas o mercado árabe apresentou aumento de compras, enquanto as exportações em geral estão em queda.

Divulgação/Renar Divulgação/Renar
Brasil colhe mais de um milhão de toneladas de maçã ao ano
“A exportação é importante para o setor, a ideia é seguir exportando e vemos o mercado árabe como estratégico para pulverizar nossas vendas, que são bastante concentradas na União Européia. Mas precisamos buscar alternativas para a perda de competitividade que tivemos em função do câmbio”, afirma o diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Moisés Lopes de Albuquerque.

Como as exportações são feitas principalmente entre os meses de fevereiro e julho, em função do período de safra no Brasil, o valor das vendas externas no ano deve ficar em 92 mil toneladas, o registrado até agora, segundo Albuquerque. E isso significará queda de 7,6% sobre 2009, quando foram exportadas 99 mil toneladas de maçãs frescas pelo país. A ABPM chegou a fazer várias ações de promoção da maçã brasileira no exterior juntamente com os produtores e exportadores, mas elas diminuíram em função da valorização do real.

Em 2007, inclusive, o setor realizou uma missão para o Oriente Médio, que inclui seis países, entre eles Emirados, Arábia Saudita, Omã e Catar. O objetivo, na época, já era diversificar as exportações. “Um dos fatores que nos motivou foi o grande volume de importações de maçãs do Oriente Médio e a nossa pouca participação”, lembra o diretor executivo. Atualmente não há iniciativas setoriais de missões promocionais, ou ações similares, previstas para a região, mas, segundo Albuquerque, as empresas vêm mantendo seus esforços individuais.

O valor das exportações brasileiras de maçãs ao mundo árabe alcançou US$ 3,5 milhões entre janeiro e outubro contra US$ 2,48 milhões nos mesmos meses de 2009. Os estados que forneceram foram Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os países árabes que compraram as maçãs foram, em ordem, Emirados Árabes Unidos, Líbia, Omã, Arábia Saudita, Sudão, Kuwait, Catar, Argélia e Mauritânia.

A safra brasileira de maçã ficou em 1,150 milhão de toneladas deste ano, dos quais 800 mil toneladas foram aproveitadas como frutas frescas e as demais processadas pela indústria. A ABPM prevê queda na produção do próximo ano. A produção, atualmente, está concentrada nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Os dois respondem por 94% do cultivo.

Contato:

ABPM
Telefone: +55 (49) 3246 2686
Site: http://www.brazilianappleexporters.com/
Site: http://www.abpm.org.br/

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