segunda-feira, 21 de março de 2011

Estre Ambiental

Economia
Segunda-feira, 21/03/2011
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Funcionários da Cavo foram à sede da empresa para pedir aumento e mais informações sobre o futuro de seus empregos
NEGÓCIOS
Compra da Cavo cria gigante do setor de lixo
Estre, que já tinha o aterro de Fazenda Rio Grande, pagou R$ 610 milhões; aquisição provocou protestos de funcionários

Publicado em 11/03/2011 | CRISTINA RIOS
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Depois de uma negociação que durou apenas dez dias, a paulistaEconomia
Segunda-feira, 21/03/2011
Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Funcionários da Cavo foram à sede da empresa para pedir aumento e mais informações sobre o futuro de seus empregos
NEGÓCIOS
Compra da Cavo cria gigante do setor de lixo
Estre, que já tinha o aterro de Fazenda Rio Grande, pagou R$ 610 milhões; aquisição provocou protestos de funcionários

Publicado em 11/03/2011 | CRISTINA RIOS
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Depois de uma negociação que durou apenas dez dias, a paulista Estre Ambiental comprou, por R$ 610 milhões, a Cavo Serviços de Saneamento, responsável pela coleta de lixo de Curitiba. O negócio dá à Estre a posição de maior gerenciadora de lixo do país, com faturamento de R$ 1,2 bilhão por ano e posição dominante no mercado da capital paranaense, que coleta cerca de 40 mil toneladas por mês de lixo.

A venda, que envolveu 100% do capital da Cavo, ocorreu em meio ao imbróglio envolvendo a licitação do lixo de Curitiba. O contrato com a Cavo, que já recebeu 22 aditivos, vence em meados de abril e a licitação que definirá a operadora que vai cuidar da limpeza urbana está paralisada desde que o Tribunal de Contas do Estado do Paraná suspendeu a abertura dos envelopes das concorrentes, há um mês. A Cavo disputa o contrato – avaliado em R$ 645,5 milhões em cinco anos – com a Revita Engenharia (da Camargo Corrêa e Solví) e Vital Engenharia Ambiental (do Grupo Queiroz Galvão).

A venda para a Estre provocou protestos dos trabalhadores da Cavo. Com o receio de demissões em massa, os cerca de 2,3 mil funcionários da empresa suspenderam a coleta do lixo na capital ontem. Em período de negociação da data-base da categoria, os empregados também protestaram contra a falta de diálogo sobre as propostas de reajuste salarial. Uma nova reunião de funcionários está marcada para hoje, na sede da empresa, no início da manhã.

Funcionários param coleta temendo cortes

Funcionários da Cavo entraram em greve por tempo indeterminado na manhã de ontem. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba e Região (Siemaco), os coletores e varredores temem uma possível demissão em massa com a venda da Cavo para a Estre.

Leia a matéria completa

O presidente da Cavo, João Carlos David, afirmou ontem que a empresa descarta demissões em massa por conta da aquisição pela Estre. “Se não ganharmos a licitação [do lixo de Curitiba], é claro, teremos de demitir, mas vamos cumprir todos os compromissos e indenizações”, disse. Procurada, a Estre não concedeu entrevista.

Aterros

O negócio com a Cavo amplia a área de atuação e concede ganhos de escala à empresa paulista, que já era uma das maiores do setor no país. Especializada na destinação final de resíduos, a Estre tem atualmente 12 aterros sanitários, dentre eles um localizado em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. Com faturamento estimado em R$ 630 milhões, controla várias empresas e tem mais da metade dos seus negócios gerados pelo setor privado.

De acordo com David, o foco da Estre é crescer fortemente também por meio de aquisições. O mercado de coleta e tratamento de lixo vem crescendo a taxas superiores às do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, tendência que deve se manter nos próximos anos. Entre seus concorrentes estão Haztec, Foz Brasil/Odebrecht e Queiroz Galvão.

Fundada por engenheiros ingleses e prestes a completar 90 anos, a Cavo pertencia ao grupo Camargo Corrêa, que adquiriu a empresa no fim da década de 1950. Com faturamento de R$ 500 milhões, a empresa tem operações em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul, e emprega 3,3 mil pessoas. Dessas, 2,3 mil trabalham em Curitiba. Segun­do David, o dinheiro da venda foi pago à vista e financiado pela Estre junto a um fundo de investimentos do banco BTG Pactual, responsável pela estruturação da operação.

De acordo com o presidente da Cavo, a venda envolve também a participação da Cavo em outras empresas, como os 50% que detém na Essencis, que trata resíduos industriais; os 37,6% na Loga, que atua na coleta de lixo em parte da cidade de São Paulo; e os 54% na UTR, que opera com resíduos hospitalares. comprou, por R$ 610 milhões, a Cavo Serviços de Saneamento, responsável pela coleta de lixo de Curitiba. O negócio dá à Estre a posição de maior gerenciadora de lixo do país, com faturamento de R$ 1,2 bilhão por ano e posição dominante no mercado da capital paranaense, que coleta cerca de 40 mil toneladas por mês de lixo.

A venda, que envolveu 100% do capital da Cavo, ocorreu em meio ao imbróglio envolvendo a licitação do lixo de Curitiba. O contrato com a Cavo, que já recebeu 22 aditivos, vence em meados de abril e a licitação que definirá a operadora que vai cuidar da limpeza urbana está paralisada desde que o Tribunal de Contas do Estado do Paraná suspendeu a abertura dos envelopes das concorrentes, há um mês. A Cavo disputa o contrato – avaliado em R$ 645,5 milhões em cinco anos – com a Revita Engenharia (da Camargo Corrêa e Solví) e Vital Engenharia Ambiental (do Grupo Queiroz Galvão).

A venda para a Estre provocou protestos dos trabalhadores da Cavo. Com o receio de demissões em massa, os cerca de 2,3 mil funcionários da empresa suspenderam a coleta do lixo na capital ontem. Em período de negociação da data-base da categoria, os empregados também protestaram contra a falta de diálogo sobre as propostas de reajuste salarial. Uma nova reunião de funcionários está marcada para hoje, na sede da empresa, no início da manhã.

Funcionários param coleta temendo cortes

Funcionários da Cavo entraram em greve por tempo indeterminado na manhã de ontem. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba e Região (Siemaco), os coletores e varredores temem uma possível demissão em massa com a venda da Cavo para a Estre.

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O presidente da Cavo, João Carlos David, afirmou ontem que a empresa descarta demissões em massa por conta da aquisição pela Estre. “Se não ganharmos a licitação [do lixo de Curitiba], é claro, teremos de demitir, mas vamos cumprir todos os compromissos e indenizações”, disse. Procurada, a Estre não concedeu entrevista.

Aterros

O negócio com a Cavo amplia a área de atuação e concede ganhos de escala à empresa paulista, que já era uma das maiores do setor no país. Especializada na destinação final de resíduos, a Estre tem atualmente 12 aterros sanitários, dentre eles um localizado em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. Com faturamento estimado em R$ 630 milhões, controla várias empresas e tem mais da metade dos seus negócios gerados pelo setor privado.

De acordo com David, o foco da Estre é crescer fortemente também por meio de aquisições. O mercado de coleta e tratamento de lixo vem crescendo a taxas superiores às do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, tendência que deve se manter nos próximos anos. Entre seus concorrentes estão Haztec, Foz Brasil/Odebrecht e Queiroz Galvão.

Fundada por engenheiros ingleses e prestes a completar 90 anos, a Cavo pertencia ao grupo Camargo Corrêa, que adquiriu a empresa no fim da década de 1950. Com faturamento de R$ 500 milhões, a empresa tem operações em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul, e emprega 3,3 mil pessoas. Dessas, 2,3 mil trabalham em Curitiba. Segun­do David, o dinheiro da venda foi pago à vista e financiado pela Estre junto a um fundo de investimentos do banco BTG Pactual, responsável pela estruturação da operação.

De acordo com o presidente da Cavo, a venda envolve também a participação da Cavo em outras empresas, como os 50% que detém na Essencis, que trata resíduos industriais; os 37,6% na Loga, que atua na coleta de lixo em parte da cidade de São Paulo; e os 54% na UTR, que opera com resíduos hospitalares.

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