quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A VISÃO

Um comentário:

  1. Uma visão sem preconceitos da
    relação dos judeus com o dinheiro


    Marilia Pacheco Fiorillo




    Trechos do livro



    Os fundadores da religião monoteísta foram também os pioneiros do espírito capitalista – essa é a tese de Jacques Attali em Os Judeus, o Dinheiro e o Mundo (tradução de Joana Angélica d'Avila Melo; Futura; 646 páginas; 78 reais). Judeu franco-argelino, Attali foi por dez anos conselheiro do presidente francês François Mitterrand, fundou o Banco Europeu pela Reconstrução e Desenvolvimento e a PlaNet Finance, ONG de captação de microcréditos para países pobres. Polivalente, entre seus trinta livros há ensaios, biografias, romances e até uma peça em parceria com o ator Gérard Depardieu. No prefácio a Os Judeus, o Dinheiro e o Mundo, o presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista, rabino Henry Sobel, confessa que chegou a temer que o livro municiasse o anti-semitismo que associa a imagem da comunidade à ganância – vide o judeu Shylock, de O Mercador de Veneza, de Shakespeare, que chega ao cúmulo de pedir uma libra da carne do inadimplente Antonio. Temor desnecessário, porém: a graça do livro é exatamente a de devolver o insulto como se se tratasse de elogio. Não há nada de execrável com o dinheiro, sugere Attali.

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